Zé Rafael fala de jogo polêmico de 2022, e mais: Abel explica discussão com Calleri/ 30 anos do Dia da Paixão Palmeirense
12/06/2023 - 16h47
Na zona mista do estádio Morumbi, após triunfo importante do Palmeiras, 2-0 sob o São Paulo no clássico, Zé Rafael relembrou o polêmico Choque-Rei de 2022 nas oitavas do mata-mata da Copa do Brasil. Teve muita reclamação do alviverde, ano passado (devido aos erros da arbitragem, que não anulou um gol impedido do rival, em pleno Allianz Parque) — por exemplo, ao divulgar notícia de novo duelo contra o rival, o Palmeiras publicou o seguinte em seu site oficial.
"Os rivais se encontraram nas oitavas de final de 2022, quando o São Paulo avançou nos pênaltis após vencer no Morumbi por 1 a 0 e ser derrotado no Allianz Parque por 2 a 1, em jogo marcado por um erro grotesco da equipe de arbitragem, que assinalou pênalti discutível para os visitantes e, pior, com o VAR ignorando impedimento claro do atacante tricolor."
"Questionável não, naquele ano (2022) nós fomos roubados. Não tem explicação. O jogo estava controlado, na nossa mão, mas já passou. Esse ano são novos desafios, novas oportunidades, e encaramos isso dessa forma. Isso já passou, ficou para trás e não volta mais. Só podemos melhorar daqui para frente e é isso que vamos fazer. Vamos nos preparar muito", explica Zé Rafael.
O camisa 8 alviverde, que foi escolhido o melhor em campo pela transmissão da partida deste domingo 11/06, prosseguiu: "Foi um jogo difícil, não tem nada a ver o jogo do Brasileirão com os próximos dois da Copa do Brasil. Mas estamos felizes pelo resultado e vamos nos preparar muito", disse.
"Não é gosto especial. Nossa equipe se prepara sempre para disputar os títulos, independente do adversário, damos o nosso melhor e fazemos o que podemos. Claro que vamos ficar muito felizes (caso o Verdão elimine o Tricolor), mas não que isso seja influenciado pelo adversário. A gente faz porque ama e porque queremos conquistar mais títulos pelo Palmeiras" - concluiu.
Abel Ferreira fala de confusão com Calleri: Um dos momentos quentes do Choque-Rei do último domingo 11/06 vencido pelo Palmeiras por 2-0 no Morumbi, pela 10ª rodada da Série A do Brasileirão 2023, foi a confusão entre Calleri, atacante do rival, e Abel Ferreira, técnico do Palmeiras.
Discussão entre Abel Ferreira e Calleri, no Morumbi 11/junho/2023 (Foto: Divulgação/Uol)
Aos 14' minutos, Calleri saiu correndo para disputar bola com Mayke, e Abel se irritou alegando que o argentino 'deixou o braço'. Próximo do local do choque dos jogadores, o técnico português encarou o atacante do São Paulo, e foi tirar satisfações — em seguida, recebeu cartão amarelo do árbitro Raphael Claus.
Com o apito final porém, a paz parece ter sido selada no momento em que os dois foram filmados conversando no gramado do Morumbi, e compartilhando um abraço. Na coletiva pós-jogo, Abel explicou o ocorrido.
"Quando as câmeras ligam, eu coloco a máscara. Há imagens que valem mais que mil palavras. Se vocês quiserem saber o que é o Abel profissional, o Abel treinador, é tudo aquilo que vocês viram. Na primeira imagem, com o Calleri na minha frente, aquele sou eu — e na segunda imagem (também). Competir quando o ânimo está ligado e quando o ânimo está desligado. Essas duas imagens, perfeitas, sou eu" — explicou o treinador.
"Minha equipe é minha cara, intensidade no jogo. Dividir todas as bolas, jogar para ganhar. Eu me vejo em tudo que minha equipe faz. Eles têm estratégias para tudo, assim como eu. Sabem o que tem que fazer dentro de campo, essa é a função do treinador. Sou eu no modo competitivo ligado e sou eu no modo normal, em uma conversa com quem tenho respeito e admiração como o Calleri. Aconteceu lá dentro (do campo), fica lá dentro. Não há remorso nenhum", completou o português.
O triunfo ajudou o Palmeiras a se manter próximo do atual líder da tabela, Botafogo (24 pontos), que venceu o Fortaleza, sábado. O alviverde segue em #2 lugar, com 22 pontos, seis triunfos e quatro empates, sendo ainda, o único invicto no nacional.
O Brasileirão está pausado devido a Data FIFA, e o alviverde só volta a campo em jogo oficial, dia 21/junho, quando visita o Bahia na arena Fonte Nova.
30 anos do Dia da Paixão Palmeirense
A data 12/junho/1993: que ficou marcada como o dia do fim do jejum de títulos, e que impactou o pai de Veiga, e diferentes gerações de torcedores.
A data 12/junho/1993: que ficou marcada como o dia do fim do jejum de títulos, e que impactou o pai de Veiga, e diferentes gerações de torcedores.
Data histórica do titulo sobre o arquirrival Corinthians em 1993, completa 30 anos nesta segunda-feira.
Atualmente, o Palmeiras vive uma fase de grandes conquistas desde 2015, com duas Libertadores, três títulos Brasileiros, duas Copas do Brasil, três Paulistas, uma Recopa Sul-Americana, e uma Supercopa do Brasil. Mas o dia 12 de junho, Dia dos Namorados, marca aquele que é considerado por muitos, como o título mais importante da história da Sociedade Esportiva Palmeiras.
Há exatos 30 anos em 1993, porém em ritmo quente e intenso o alviverde goleou o arquirrival Corinthians por 4-0 na 2ª partida da decisão, e finalmente se sagrou campeão acabando com uma longa e sofrida fila de 17 anos sem títulos. Nunca o alviverde ficou tanto tempo sem ganhar nada.
Para marcar essa data, o Esporte Espetacular convidou Rubens Veiga, pai de Raphael Veiga, que nasceu 2 anos depois da histórica conquista.
– Quando perguntam pra mim qual o jogo daminha vida... Tudo bem, ganhamos Libertadores com Felipão, duas com Abel... Mas esse jogo de 12 de junho de 1993 tem uma importância para o palmeirense monstruosa. Mudou completamente a vida do palmeirense – diz o ator Orciollo Netto.
– E também teve o gol do Viola e a provocação no primeiro jogo da final, então reforçou a vontade, a nossa gana. Eu era recém-casado, começando a faculdade, imagina? – disse Rubens, dois anos antes do Raphael Veiga nascer.
– Depois, em 1999, ganhamos a Libertadores e quando eu ia imaginar que, na próxima Libertadores que o Palmeiras ganharia, meu filho estaria lá? Mais do que isso, na terceira Libertadores, ele estava lá de novo. Como explica? – completou o pai de Veiga.
Há exatos 30 anos em 1993, porém em ritmo quente e intenso o alviverde goleou o arquirrival Corinthians por 4-0 na 2ª partida da decisão, e finalmente se sagrou campeão acabando com uma longa e sofrida fila de 17 anos sem títulos. Nunca o alviverde ficou tanto tempo sem ganhar nada.
Para marcar essa data, o Esporte Espetacular convidou Rubens Veiga, pai de Raphael Veiga, que nasceu 2 anos depois da histórica conquista.
– Quando perguntam pra mim qual o jogo daminha vida... Tudo bem, ganhamos Libertadores com Felipão, duas com Abel... Mas esse jogo de 12 de junho de 1993 tem uma importância para o palmeirense monstruosa. Mudou completamente a vida do palmeirense – diz o ator Orciollo Netto.
– E também teve o gol do Viola e a provocação no primeiro jogo da final, então reforçou a vontade, a nossa gana. Eu era recém-casado, começando a faculdade, imagina? – disse Rubens, dois anos antes do Raphael Veiga nascer.
– Depois, em 1999, ganhamos a Libertadores e quando eu ia imaginar que, na próxima Libertadores que o Palmeiras ganharia, meu filho estaria lá? Mais do que isso, na terceira Libertadores, ele estava lá de novo. Como explica? – completou o pai de Veiga.
Rubens Veiga com a esposa e os filhos palmeirenses; Raphael Veiga é o mais velho (Foto: Arquivo pessoal)
Entre os títulos paulistas de 1976, conquistado pelo Palmeiras com vitória sobre o XV de Piracicaba, e o de 1993, foram 6.142 dias de jejum. Antes da final de 1993, o Palmeiras havia perdido as decisões de 1992, contra o São Paulo, e 1986, para a Internacional de Limeira.
Em 1989 não chegou à final, mas ficou 23 jogos invicto no estadual. Na 2ª fase, perdeu por 3-0 para o Bragantino (Hoje, Red Bull Bragantino — O clube de Bragança Paulista vivia uma de suas melhores fases da historia, entre 1989 e 1991), em seguida, o alviverde empatou duas vezes com o Novorizontino, e foi eliminado no triangular.
No período de fila, Palmeiras também perdeu a final do Brasileirão 1978 para o Guarani. Já em 12/dezembro/1993, quebrou o jejum também no titulo nacional ao vencer o Vitória, na final.
– Era uma gozação, a gente sofria com os torcedores do Corinthians e do São Paulo. A gente batia na trave sempre – explicou o ator Orciollo Netto.
Longo tabu de quase duas décadas sem títulos:
O bom futebol parecia distante do Parque Antártica. A ideia de que o título de 1976 seria o último num horizonte de quase duas décadas, não povoava a cabeça nem do palmeirense mais corneta e pessimista daquela época. Nem os rivais imaginariam que aquele Palmeiras da Academia de craques das décadas 60s e 70s, de futebol bem jogado em qualquer lugar do mundo, ficaria distante das glórias dos títulos por tantos anos.
Após vender os jogadores Leivinha e Luiz Pereira para o futebol europeu, a segunda Academia alviverde viu seu maior craque, Ademir da Guia, sofrer com lesões que antes não aconteciam.
Apelidado de Divino graças a imensa habilidade e maestria, se aposentou em 1977 aos 35 anos, 902 jogos, 513 vitórias, e 155 gols pelo Palmeiras. Enquanto o gênio Divino jogou pelo clube, o rival Corinthians jamais foi campeão. Ironicamente, o alvinegro voltou a ser campeão após 23 anos sem nada, justamente quando o craque palmeirense pendurou as chuteiras.
Mais um elemento que dimensiona a grandeza do folclórico derby paulista.
A ''década 1980s'' foi um período de bons times do Palmeiras, porém e infelizmente, sem sorte ou triunfos em decisões. Foram várias baixas no elenco no anos anteriores, e antes de 1992, a reformulação do elenco alviverde não foi o necessário para aquele periodo dos 80s.
Ao longo do decênio, vários técnicos falharam e a atuação piorava nos campeonatos paulistas. O estadual ainda era muito disputado e importante, com times do interior paulista revelando muitos jogadores de qualidade, espalhados em diversos campos do Brasil e do mundo.
Após vender os jogadores Leivinha e Luiz Pereira para o futebol europeu, a segunda Academia alviverde viu seu maior craque, Ademir da Guia, sofrer com lesões que antes não aconteciam.
Apelidado de Divino graças a imensa habilidade e maestria, se aposentou em 1977 aos 35 anos, 902 jogos, 513 vitórias, e 155 gols pelo Palmeiras. Enquanto o gênio Divino jogou pelo clube, o rival Corinthians jamais foi campeão. Ironicamente, o alvinegro voltou a ser campeão após 23 anos sem nada, justamente quando o craque palmeirense pendurou as chuteiras.
Mais um elemento que dimensiona a grandeza do folclórico derby paulista.
A ''década 1980s'' foi um período de bons times do Palmeiras, porém e infelizmente, sem sorte ou triunfos em decisões. Foram várias baixas no elenco no anos anteriores, e antes de 1992, a reformulação do elenco alviverde não foi o necessário para aquele periodo dos 80s.
Ao longo do decênio, vários técnicos falharam e a atuação piorava nos campeonatos paulistas. O estadual ainda era muito disputado e importante, com times do interior paulista revelando muitos jogadores de qualidade, espalhados em diversos campos do Brasil e do mundo.
Naqueles tempos acostumado a estar ao menos, entre os quatros finalistas, o Palmeiras penava para conseguir um lugar entre os melhores. Em 1981, veio a derrocada: o time não passou nem da Taça de Prata (segundo escalão do estadual).
Alguns anos depois, os problemas internos políticos não contribuíam para o sucesso do time dentro de campo. Com mudanças abruptas de elencos e diretorias, o gigante alviverde do antigo estádio Palestra Itália - estádio que também era conhecido como Parque Antártica, e deu lugar ao atual Allianz Parque, montou o primeiro time de encher os olhos só em 1986.
Com Mirandinha (marcado por ser o 1º brasileiro a jogar na liga inglesa, pelo Newcastle, em 1987), Jorginho Putinatti e Éder Aleixo enfrentou a Inter de Limeira na final do Paulista '86. Com empate sem gols no 1º jogo, o então técnico Carbone viu atônito, sua equipe perder a final por 2-1; um pesadelo que nenhum dos 100 mil presentes naquela tarde conseguiam explicar.
O periquito e o porco estavam na lama. A impressão era que, o antes tão vitorioso Palmeiras jamais voltaria as glórias. O brilho do clube alviverde, que batia de frente com o poderoso Santos de Pelé da década 60s, e que encantou o mundo com as Academias, parecia arrasado.
A era de ouro da co-gestão Parmalat, e o fim do jejum de 17 anos:
Alguns anos depois, os problemas internos políticos não contribuíam para o sucesso do time dentro de campo. Com mudanças abruptas de elencos e diretorias, o gigante alviverde do antigo estádio Palestra Itália - estádio que também era conhecido como Parque Antártica, e deu lugar ao atual Allianz Parque, montou o primeiro time de encher os olhos só em 1986.
Com Mirandinha (marcado por ser o 1º brasileiro a jogar na liga inglesa, pelo Newcastle, em 1987), Jorginho Putinatti e Éder Aleixo enfrentou a Inter de Limeira na final do Paulista '86. Com empate sem gols no 1º jogo, o então técnico Carbone viu atônito, sua equipe perder a final por 2-1; um pesadelo que nenhum dos 100 mil presentes naquela tarde conseguiam explicar.
O periquito e o porco estavam na lama. A impressão era que, o antes tão vitorioso Palmeiras jamais voltaria as glórias. O brilho do clube alviverde, que batia de frente com o poderoso Santos de Pelé da década 60s, e que encantou o mundo com as Academias, parecia arrasado.
A era de ouro da co-gestão Parmalat, e o fim do jejum de 17 anos:
A reviravolta finalmente surgiu aos arredores da Rua Turiaçu. O Palmeiras dava adeus à “época das vacas magras” e, enfim, alcançava a tão sonhada reestruturação do clube.
Em 1992, o clube assinou uma inédita parceria com a multinacional italiana Parmalat, que buscava difundir sua marca além do território europeu. A parceria rendeu craques, caixa e troféus. Junto com eles, grandes contratações chegavam ao clube, já indicando aos torcedores que os tempos de glória finalmente voltaram. Com o técnico Otacílio 'Chapinha' Gonçalves, e ainda sob processo de reformulação e montagem de elenco, o alviverde perdeu a final do Paulista para o já montado São Paulo do técnico Telê Santana. Agora, o Palmeiras tinha a missão de mostrar retorno frente ao que, então foi o maior investimento feito pela patrocinadora italiana.
Em 1993, o Palmeiras demitiu o técnico Chapinha e contratou Vanderlei Luxemburgo. Desde então, ninguém foi capaz de parar o esquadrão alviverde com apenas 6 derrotas em 38 jogos e um ótimo saldo de 42 gols, o Palmeiras voltou à final do campeonato. E justamente contra o maior rival.
A trajetória até a grande final:
27/01/1993 Palmeiras 2-1 Marília-SP - estádio Palestra Itália - Público: 27.516
30/01/1993 XV de Piracicaba-SP 0-2 Palmeiras - Barão de Serra Negra (Piracicaba) - Público: 13.304
03/02/1993 Palmeiras 2-2 Rio Branco - Palestra Itália - Público: 21.415
07/02/1993 Santos 1-3 Palmeiras - Morumbi - Público: 39.245
10/02/1993 Palmeiras 2-2 Ponte Preta - Palestra Itália - Público: 19.911
14/02/1993 Palmeiras 2-0 Corinthians - Morumbi - Público: 35.959
20/02/1993 Mogi Mirim 2-2 Palmeiras - Wilson Fernandes de Barros (Mogi Mirim) - Público: 10.268
25/02/1993 Palmeiras 1-1 União São João - Palestra Itália - Público: 16.912
28/02/1993 Portuguesa 0-4 Palmeiras - Pacaembu - Público: 29.959
04/03/1993 Ituano 1-3 Palmeiras - Novelli Júnior (Itu) - Público: 8.752
07/03/1993 Guarani 1-3 Palmeiras - Brinco de Ouro da Princesa (Campinas) - Público: 28.741
09/03/1993 Bragantino 1-0 Palmeiras - Marcelo Stéfani (Bragança Paulista) - Público: 10.933
11/03/1993 Palmeiras 4-1 Juventus - Palestra Itália - Público: 15.222
14/03/1993 Palmeiras 0-0 São Paulo - Morumbi - Público: 96.340
19/03/1993 Noroeste 0-0 Palmeiras - Alfredão de Castilho (Bauru) - Público: 14.530
21/03/1993 Juventus 2-1 Palmeiras - Pacaembu - Público: 18.166
24/03/1993 Palmeiras 2-0 Bragantino - Palestra Itália - Público: 5.872
27/03/1993 Marília 1-3 Palmeiras - Bento de Abreu (Marília) - Público: 10.481
31/03/1993 Palmeiras 1-0 Noroeste-SP - Palestra Itália - Público: 17.284
03/04/1993 Palmeiras 2-1 Santos - Morumbi - Público: 36.269
08/04/1993 Ponte Preta 0-1 Palmeiras - Moisés Lucarelli (Campinas) - Público: 5.046
11/04/1993 Palmeiras 2-1 Portuguesa - Pacaembu - Público: 22.336
15/04/1993 Palmeiras 1-2 Mogi Mirim-SP - Palestra Itália - Público: 51.319
18/04/1993 São Paulo 2-0 Palmeiras - Morumbi - Público: 51.319
22/04/1993 Rio Branco 1-2 Palmeiras - Décio Vitta (Americana) - Público: 12.583
25/04/1993 - Palmeiras 2-0 Ituano - Palestra Itália - Público: 24.467
29/04/1993 Palmeiras 3-0 Guarani - Palestra Itália - Público: 10.366
02/05/1993 Corinthians 3-0 Palmeiras - Morumbi - Público: 89.326
06/05/1993 União São João 0-1 Palmeiras - Hermínio Ometto (Araras) - Público: 19.034
08/05/1993 Palmeiras 2-1 XV de Piracicaba - Palestra Itália - Público: 6.772
16/05/1993 Palmeiras 6-1 Rio Branco - Palestra Itália - Público: 21.377
20/05/1993 Guarani 0-2 Palmeiras - Brinco de Ouro da Princesa (Campinas) - Público: 16.890
22/05/1993 Ferroviária 0-1 PalmeirasFonte Luminosa (Araraquara) - Público: 18.051
26/05/1993 Palmeiras 1-0 Guarani - Palestra Itália - Público: 22.602
29/05/1993 Rio Branco 0-1 Palmeiras - Décio Vitta (Americana) - Público: 15.567
02/06/1993 Palmeiras 4-1 Ferroviária Palestra Itália - Público: 15.003
06/06/1993 Corinthians 1-0 Palmeiras - Morumbi - Público: 93.736
12/06/1993 Final: Palmeiras 4-0 Corinthians Morumbi - Público: 104.401
Palmeiras e Corinthians se encontravam novamente em uma final, após 19 anos. O alviverde pressionado e ansioso devido ao longo tabu, e sedento pelo título, foram com força máxima para a batalha contra o arquirrival Corinthians, que também tinha um bom time. Ambos os rivais finalistas contavam com alguns jogadores que posteriormente, integraram o elenco da Seleção Brasileira, que foi campeã da Copa do Mundo, após 24 anos de jejum, dia 17Julho/1994, na California (USA).
As duas partidas decisivas foram disputadas no estádio do Morumbi, e o público superou novamente os 100 mil pagantes, como era comum na época.
Na primeira decisão, o Corinthians venceu por um a zero, gol de Viola. Na comemoração, o irreverente atacante fez uma imitação de porco, fato que contribuiu para a atmosfera turbulenta do clássico, e aumentando a pressão e irritação dos palmeirenses, durante aquela semana.
Mesmo com outras diversas conquistas ao longo da década de 90, o palmeirense considera o título do Campeonato Paulista 1993 como o mais importante da história do clube, já que encerrou o maior jejum de títulos justamente em cima do maior rival.
Mazinho(3º em pé), Roberto Carlos, César Sampaio, Tonhão, o goleiro Sérgio, e Antônio Carlos Zago. Agachados: Edmundo, Daniel Frasson, Evair, Edílson e Zinho.
Final: A finalíssima foi realizada dia 12/junho/1993, no Estádio do Morumbi muito lotado com 104.401 pessoas. Pelo regulamento, o Palmeiras precisava vencer o 2º jogo da final para chegar na prorrogação, uma vez que o Corinthians ganhou o 1º jogo por 1-0, com gol de Viola, o artilheiro da competição.
O time alviverde, que por orientação de Roberio de Ogum ao Luxa, usaram meias brancas, abriu o placar no 1º tempo após passe do centroavante Evair ao meia Zinho, que acertou um belo chute de perna direita - ele é pé canhoto, o que já indicava que a sorte parecia estar do lado alviverde, desta vez.
No 2º tempo, Mazinho fez uma ótima jogada na esquerda e tocou para Evair ampliar o placar. Em seguida, Daniel Frasson cruzou da esquerda para Evair, que chutou na trave, mas Edílson marcou na sobra. Com o placar, o alviverde jogava pelo empate na prorrogação, e Evair marcou de pênalti, o gol do título e da quebra do longo tabu em um dos jogos mais memoráveis do derby paulista.
FICHA TÉCNICA:
Jogo: Palmeiras 4-0 Corinthians │ Campeonato Paulista 1993 - Final 2/2
Data: 12 junho 1993 - Sábado
Local: Estádio Morumbi, em SP
Árbitro: José Aparecido de Oliveira
Público: 104.401 pagantes
Renda: Cr$ 18.154.900.000,00
Gols: (SEP)Zinho aos 36’/1T, Evair 29’/2T, Edilson 38’/2T, e Evair 10’/*1T (*prorrogação)
Cartão Amarelo: Zinho, Roberto Carlos, Mazinho, Edmundo, Marcelo Djian, Leandro Silva e Neto
Cartão vermelho : Henrique, Ronaldo, Tonhão e Ezequiel
Escalações das equipe:
PALMEIRAS: Sérgio, Mazinho, Antônio Carlos, Tonhão e Roberto Carlos; César Sampaio, Daniel Frasson, Edílson (Jean Carlo) e Zinho; Edmundo e Evair (Alexandre Rosa).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
CORINTHIANS: Ronaldo, Leandro Silva, Marcelo, Henrique e Ricardo; Marcelinho Paulista, Ezequiel e Neto; Paulo Sérgio, Viola e Adil (Tupãzinho, depois Wilson Macarrão).
Técnico: Nelsinho Baptista
A equipe do técnico Vanderlei Luxemburgo era eficiente em todos os setores do campo. Com grande presença ofensiva dos laterais Mazinho e Roberto Carlos, a defesa era sólida e raramente sofria gols. A capacidade defensiva era sólida, já que o Palmeiras era um time que jogava com muita posse de bola.
O primeiro homem de meio-campo era César Sampaio, que além de bom marcador era muito técnico no chamado "primeiro passe" - a ligação entre os blocos do campo.
Do meio para frente, era letal, jogando no ofensivo esquema tático 4-3-3, os jogadores de frente tinham a velocidade, e a força física de Edmundo, e também contavam com a frieza de Evair, que jogava tanto entre os zagueiros dentro da grande área, como fora da área. O time alviverde era uma máquina de gols conquistando a então rarissima tríplice coroa naquele ano, com os títulos do Campeonato Paulista, Rio-São Paulo, e Campeonato Brasileiro.
Números no Paulistão 1993
Jogos: 38
Vitórias: 26
Derrotas: 6
Gols-pró: 72
Média de gols por jogo: 1,9
Maior marcador Evair (18x)
Maior goleada: Palmeiras 6-1 Rio Branco
- Próximo Jogo: Bahia x Palmeiras │Brasileirão Série A 11ª Rodada │ Data: 21/06 Quarta-feira Horário: 21h30 Arena Fonte Nova (Transmissão: TV Globo e Premiere)
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