Briga entre Palmeiras e WTorre esfria possibilidade de setor popular no Allianz Parque
16/06/2023 - 11h13
Briga entre Palmeiras e WTorre esfria possibilidade de setor popular no Allianz Parque.
A possibilidade do Allianz Parque ter um setor popular no Gol Norte esfriou, diante da briga entre Palmeiras e WTorre. As partes vinham tratando deste assunto enquanto buscavam um grande acordo para as divergências que tinham, mas a relação piorou a ponto de a presidente Leila Pereira dizer em entrevista ao Globo Esporte, que a parceria é um "péssimo negócio" financeiramente — Fonte: geglobo
A inauguração do setor para 723 pessoas vinha sendo costurada dentro do acordo que o Verdão e a Real Arenas, braço da WTorre responsável pela gestão da arena, tentaram no fim da gestão de Maurício Galiotte.
O assunto entraria no acerto que também iria envolver os temas abertos na corte arbitral, além da dívida que o Palmeiras cobra por repasses de receitas, que hoje está em R$ 128 milhões.
Quando Leila assumiu, no início de 2022, as partes ainda mantiveram contato para tentar este acerto, mas a atual presidente entende que os termos eram prejudiciais ao clube. A Real Arenas, por sua vez, diz que a dirigente desistiu "injustificadamente".
A ideia do setor popular no Gol Norte era ter um local com ingressos vendidos á R$ 40 (R$ 20 a meia-entrada), o mínimo estipulado pelo regulamento do Brasileirão.
A região chegou a passar por adaptação, a torcida ficaria em pé, e aguardava a liberação da Polícia Militar. Mas a partir do momento que não houve um acerto quanto ao valor cobrado na Justiça Comum pelo Palmeiras, o acordo foi suspenso, a arbitragem retomada e o diálogo entre os parceiros diminuiu.
Ao ge, Leila fez duras críticas à parceria cuja duração, é até novembro, 2044. Já Sílvia Torre, cofundadora da WTorre, rebateu e negou dever o valor cobrado pelo Palmeiras.
Allianz Parque em dia de jogo do Palmeiras — Foto: Palmeiras/by Canon
Sílvia Torre, cofundadora e presidente do conselho da WTorre S.A., posicionou-se sobre ação que o Palmeiras move contra a parceira na gestão do Allianz Parque, cobrando R$ 128 milhões em repasses de receitas da arena.
– Não devemos R$ 128 milhões para o Palmeiras, os créditos e débitos de ambas as partes estão em arbitragem em curso. Uma vez decidida, será paga – afirmou Sílvia.
Os parceiros têm pontos divergentes em discussão na corte arbitral, e além disso o clube foi à Justiça Comum para cobrar o percentual que tem direito de receitas como naming rights, aluguéis para shows, estacionamentos, lanchonetes e camarotes.
De acordo com o Verdão, os repasses mensais destas receitas não acontecem desde 2015, totalizando os quase R$ 128 milhões. Na avaliação do clube, esta dívida é incontroversa.
Além disso, o Palmeiras pediu, e a polícia abriu inquérito para investigar a Real Arenas, braço da WTorre responsável pelo Allianz. A diretoria alviverde deseja que se apurem possíveis crimes de apropriação indébita e associação criminosa.
Nesta quinta-feira, o ge publicou uma entrevista com Leila Pereira, presidente do Palmeiras, que fez duras críticas à parceria.
Além de falar sobre a cobrança, a dirigente respondeu que financeiramente a gestão da arena tem sido um "péssimo negócio" para o clube. A WTorre, em nota, rebateu:
– Reafirmamos que este é um modelo de negócio vencedor e que tem sido extremamente positivo para todas as partes.
- Próximo Jogo: Bahia x Palmeiras │Brasileirão 11ª Rodada │Data: 21/06 quarta-feira Hora: 21h30 Arena Fonte Nova (Transmissão: TV Globo e Premiere)
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