Após decretar luto por 7 dias, Palmeiras cita relação de respeito com Pelé
30/12/2022 - 14h50
Após o falecimento de Pelé aos 82 anos, no hospital Albert Einstein, em SP, na ultima quinta-feira 29, a rivalidade foi posta de lado. O Palmeiras decretou luto oficial de sete dias, em respeito a um dos mais lendários jogadores da historia. Em quase duas décadas de carreira em alto nivel, respeitado por ex-companheiros de time e ex-jogadores adversários, contribuiu bastante para a popularização e crescimento do esporte no planeta.
O clube divulgou texto comunicando a decisão da presidente Leila Pereira, de que, durante o período as bandeiras do Palmeiras, Brasil e do estado de São Paulo, em frente à sua sede oficial estarão a meio mastro.
"A presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras, Leila Pereira, decreta luto oficial por sete dias em homenagem ao Rei Pelé, maior atleta de todos os tempos, que morreu nesta quinta-feira (29), aos 82 anos, em São Paulo (SP). Durante esse período, as bandeiras do Palmeiras, do Brasil e do estado de São Paulo, localizadas em frente à Praça dos Bustos na sede social, permanecerão hasteadas a meio mastro", diz o texto.
O alviverde mudou as fotos em redes sociais, por uma de laço preto ao lado do escudo representando o luto pela morte do Pelé, que faleceu na quinta-feira (29).
Abaixo, algumas informações e curiosidades
Apoio inicial: No começo da carreira, Pelé contou com a ajuda de dois craques que atuaram pelo Palmeiras: Waldemar de Brito e Jair Rosa Pinto.
Atacante da Seleção Brasileira na Copa do Mundo 1934, e no Palmeiras entre 1945 e 1946, Waldemar descobriu o camisa 10, sendo responsável por levá-lo da base do Bauru Atlético Clube ao Santos, em 1956.
No inicio na Vila Belmiro, Pelé teve conselhos do experiente Jair, meia da Seleção vice na 1ª Copa do Mundo de Seleções realizada no Brasil em 1950, e um dos heróis do titulo Mundial Interclubes 1951 do Palmeiras, onde jogou até 1954 antes de ir para o Santos. “O Jair era um professor para todos nós, e ensinava muita coisa ao Pelé”, diz o ídolo santista Pepe.
Pelé revelou em sua autobiografia, que não tinha ideia do que o nome significa, nem seus amigos. Além da afirmação do nome ser derivado de Bilé, que significa "milagre" em hebreu (פֶּ֫לֶא), a palavra não tem significado em português.
Clássico do Século: Pelé encarou o Palmeiras a 1ª vez, dia 15/05/1957. Jogo válido pelo Torneio Rio-SP no Pacaembu e acabou com triunfo santista por 3-0. Pelé fez dois gols. O último duelo em que o Palmeiras enfrentou o Rei do Futebol, foi dia 09/09/1974, também no Pacaembu pelo Paulistão, empate em 0-0.
Pelé e Vavá do Palmeiras foram colegas de seleção e amigos fora dos campos. Em mais de 17 anos, Palmeiras e Santos fizeram jogos memoráveis. Em 6/março/1958, por exemplo, o time da Vila derrotou o Verdão por 7-6 no Pacaembu, pelo Rio-SP. 1ª e única vez que um clássico estadual teve 13 gols. “Muitos dizem que foi o jogo do século. Houve tanta emoção que alguns torcedores morreram do coração” lembra-se Mazzola, autor de dois gols palmeirenses naquela noite.
Supercampeonato Paulista: Embora tenham dominado o futebol brasileiro na década 1960, Palmeiras e Santos disputaram apenas uma final na Era Pelé, pois a maioria dos campeonatos era pontos corridos.
Também em pontos corridos, os dois clubes terminaram empatados em #1 lugar, forçando a ter três jogos extras. Após dois empates, Palmeiras venceu o terceiro e último jogo por 2-1. Pelé abriu o placar, mas Julinho Botelho e Romeiro viraram para o Palmeiras encerrando um jejum de oito anos sem titulo, desde o Mundial '1951.
Um dos destaques da histórica final foi o zagueiro palmeirense Aldemar, considerado pelo próprio Pelé, o melhor marcador que encarou em sua carreira.
Realeza dentro e fora de campo: Dois clássicos entre Palmeiras e Santos tiveram o Rei do Futebol em campo e a realeza fora dele. Em 18/03/1962, o príncipe britânico Phillip, marido da então Rainha Elizabeth, foi ao Pacaembu assistir ao amistoso em sua homenagem, que terminou com triunfo santista por 5-3.
Em 08/04/1967, o príncipe Bertil da Suécia visitou o mesmo Pacaembu, e viu o Palmeiras vencer o Santos por 2-1, com dois gols de César Maluco pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, ''denominação'' de um dos campeonatos brasileiros da época.
Cria da Academia (de cinema): Pelé tinha 21 anos no início de 1962, quando lançaram o primeiro filme sobre ele: “O Rei Pelé” dirigido pelo argentino Carlos Hugo Christensen. No elenco o próprio Rei, além de atores que o interpretaram em diferentes momentos dentro e fora de campo. O Pelé 'adolescente' foi interpretado no filme por Luís Carlos Feijão, que depois jogou na base do Palmeiras e virou profissional. Feijão faleceu em 2011, aos 64 anos.
Homenagem em placa: Uma semana após o milésimo gol de Pelé no Maracanã, o Santos enfrentou o Botafogo no Parque Antarctica, em 26/11/1969. Antes do empate sem gols, a diretoria do Palmeiras homenageou o camisa 10 pela façanha. O diretor de futebol José Gimenez Lopes e os jogadores Leão, Baldochi e Cabralzinho entregaram uma placa de prata ao Rei.
Palmeiras e Santos viajaram à Espanha para disputar o Troféu Ramón de Carranza 1974, contra o Barcelona e o Espanyol. A organização sonhava em uma final com o santista Pelé e o barcelonista Cruyff, mas o duelo entre os astros foi pelo #3 lugar porque o Palmeiras superou o Barcelona do craque holandês por 2-0, mesmo placar do Espanyol contra o Santos. Na final, Palmeiras venceu o time catalão por 2-1 e levou a taça.
Colegas de classe: Goleiro que mais vezes jogou pelo alviverde, 621 jogos, Emerson Leão foi colega de turma de Pelé na Universidade Metropolitana de Santos. Ambos se formaram em educação física na turma de 1974, da qual também faziam parte o santista Pepe, o palmeirense Leivinha, além da cantora Simone.
Jejum divino e real Com Ademir da Guia no Palmeiras, e Pelé no Santos, o Corinthians não ganhou nenhum título de expressão. O Rei atuou no time do litoral entre 1956 a 1974, e se transferiu aos EUA. O Divino chegou ao Palmeiras em 1961, e ficou até setembro de 1977. Após o titulo estadual de 1954, o Corinthians só voltou a ganhar uma competição relevante como o Paulistão, em 13/10/1977.
Clássico do Século: Pelé encarou o Palmeiras a 1ª vez, dia 15/05/1957. Jogo válido pelo Torneio Rio-SP no Pacaembu e acabou com triunfo santista por 3-0. Pelé fez dois gols. O último duelo em que o Palmeiras enfrentou o Rei do Futebol, foi dia 09/09/1974, também no Pacaembu pelo Paulistão, empate em 0-0.
Pelé e Vavá do Palmeiras foram colegas de seleção e amigos fora dos campos. Em mais de 17 anos, Palmeiras e Santos fizeram jogos memoráveis. Em 6/março/1958, por exemplo, o time da Vila derrotou o Verdão por 7-6 no Pacaembu, pelo Rio-SP. 1ª e única vez que um clássico estadual teve 13 gols. “Muitos dizem que foi o jogo do século. Houve tanta emoção que alguns torcedores morreram do coração” lembra-se Mazzola, autor de dois gols palmeirenses naquela noite.
Supercampeonato Paulista: Embora tenham dominado o futebol brasileiro na década 1960, Palmeiras e Santos disputaram apenas uma final na Era Pelé, pois a maioria dos campeonatos era pontos corridos.
Foto de 1959, Pelé e Julinho Botelho, lendário ponta-direita do Palmeiras entre 1958–1967 (Foto: SEP)
Palmeiras e Santos decidiram o Supercampeonato Paulista 1959, assim apelidado em razão do alto nível técnico das equipes, e da necessidade de uma ''melhor-de-três'' para definir o campeão.
Um dos destaques da histórica final foi o zagueiro palmeirense Aldemar, considerado pelo próprio Pelé, o melhor marcador que encarou em sua carreira.
Realeza dentro e fora de campo: Dois clássicos entre Palmeiras e Santos tiveram o Rei do Futebol em campo e a realeza fora dele. Em 18/03/1962, o príncipe britânico Phillip, marido da então Rainha Elizabeth, foi ao Pacaembu assistir ao amistoso em sua homenagem, que terminou com triunfo santista por 5-3.
Em 08/04/1967, o príncipe Bertil da Suécia visitou o mesmo Pacaembu, e viu o Palmeiras vencer o Santos por 2-1, com dois gols de César Maluco pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, ''denominação'' de um dos campeonatos brasileiros da época.
Cria da Academia (de cinema): Pelé tinha 21 anos no início de 1962, quando lançaram o primeiro filme sobre ele: “O Rei Pelé” dirigido pelo argentino Carlos Hugo Christensen. No elenco o próprio Rei, além de atores que o interpretaram em diferentes momentos dentro e fora de campo. O Pelé 'adolescente' foi interpretado no filme por Luís Carlos Feijão, que depois jogou na base do Palmeiras e virou profissional. Feijão faleceu em 2011, aos 64 anos.
Homenagem em placa: Uma semana após o milésimo gol de Pelé no Maracanã, o Santos enfrentou o Botafogo no Parque Antarctica, em 26/11/1969. Antes do empate sem gols, a diretoria do Palmeiras homenageou o camisa 10 pela façanha. O diretor de futebol José Gimenez Lopes e os jogadores Leão, Baldochi e Cabralzinho entregaram uma placa de prata ao Rei.
Palmeiras e Santos viajaram à Espanha para disputar o Troféu Ramón de Carranza 1974, contra o Barcelona e o Espanyol. A organização sonhava em uma final com o santista Pelé e o barcelonista Cruyff, mas o duelo entre os astros foi pelo #3 lugar porque o Palmeiras superou o Barcelona do craque holandês por 2-0, mesmo placar do Espanyol contra o Santos. Na final, Palmeiras venceu o time catalão por 2-1 e levou a taça.
Colegas de classe: Goleiro que mais vezes jogou pelo alviverde, 621 jogos, Emerson Leão foi colega de turma de Pelé na Universidade Metropolitana de Santos. Ambos se formaram em educação física na turma de 1974, da qual também faziam parte o santista Pepe, o palmeirense Leivinha, além da cantora Simone.
Duelo de camisas 10: Ademir da Ghia pelo Palmeiras, e Pelé pelo Santos. Clássico da Saudade completou 107 anos em 2022 (Foto: SEP)
Comentários