Menino, Patrick e Veron celebram evolução e chance na Libertadores: ‘Sonho de criança’


Com o objetivo de dar mais oportunidades aos garotos das categorias de base, o Palmeiras promoveu os jovens Lucas Esteves, Alan, Gabriel Menino, Patrick de Paula, Gabriel Veron e Iván Angulo ao time profissional no início desta temporada. Com bom desempenho e rápida adaptação, três deles em especial ganharam destaque nos primeiros duelos do ano. Menino, Patrick e Veron, juntos, disputaram 2.299 minutos desde a primeira partida de 2020.

É uma oportunidade de ouro, a gente vinha trabalhando para isso na base. Quando chegamos aqui, nós esperamos o tempo que foi preciso. Quando tivemos a oportunidade, aproveitamos da melhor maneira possível para ganharmos cada vez mais espaço”, afirmou Gabriel Menino, que já atuou como volante e lateral-direito na equipe comandada por Vanderlei Luxemburgo, inclusive no confronto com o Tigre-ARG, na Argentina, pela Copa Libertadores.

Sempre foi um sonho de criança (jogar a Libertadores), um campeonato gigante que todos os clubes querem ganhar. Foi um sonho de criança estrear como titular. Foi improvisado, mas eu estava acostumado. Joguei assim na base. Agradeço pela oportunidade e estou aqui para o que o professor precisar”, disse o garoto.

Patrick de Paula, por sua vez, entrou na segunda etapa do embate contra o Guaraní-PAR, também pela competição sul-americana. A experiência foi inesquecível para o volante. “Estou muito feliz porque três anos atrás eu jogava na várzea. Jogar a Libertadores é muito bom. Quando entrei no jogo, fiquei bem à vontade, a minha mãe estava no estádio. Ela chorou bastante quando eu entrei. É dar continuidade para ter mais oportunidade”, contou o palmeirense, que já se sente totalmente adaptado ao elenco palestrino.

Na base, a gente sacaneava todo mundo porque éramos os mais velhos, agora estão brincando com a gente aqui, mas com respeito (risos). O Jailson brinca bastante com a gente, todos brincam na resenha, sempre com respeito e dando moral para a gente”, revelou o camisa 5.

Gabriel Veron também teve a experiência de atuar pela Libertadores na partida contra Tigre-ARG. “Fico feliz pela oportunidade, principalmente por jogar uma Libertadores. Eu, com 17 anos, pude jogar pelo Palmeiras na Libertadores, fico feliz por isso. Tenho de trabalhar para a oportunidade acontecer”, declarou o jovem, que não poupou elogios ao comandante do Verdão.

A experiência dele nos ajuda muito, ele nos dará muitos conselhos para subirmos na vida. A exigência dele é alta, ele cobra muito, e nós precisamos de pessoas assim para sempre dar o nosso melhor”, concluiu Veron.

Números de Gabriel Menino, Patrick de Paula e Gabriel Veron em 2020

Promovidos para o time profissional do Palmeiras nesta temporada, Gabriel Menino, Patrick de Paula e Gabriel Veron, juntos, disputaram 2299 minutos no ano.

Dentre eles, quem mais jogou foi Gabriel Menino, com um total de 668 minutos em dez jogos. O volante foi captado pela base do Palmeiras em 2017 e ajudou o Sub-17 a conquistar o título inédito da Copa do Brasil em seu primeiro ano no clube. Pelo Sub-20, decolou e recebeu várias convocações para a Seleção Brasileira da categoria – chegou a disputar o Sul-Americano de 2019. Tem a polivalência como característica e mostrou isso no profissional, já que atuou como lateral-direito nas partidas contra Mirassol, Guarani, Santos e Tigre-ARG.

Patrick de Paula disputou 350 minutos em oito partidas de 2020. O meio-campista foi captado pelo Palmeiras enquanto atuava no futebol amador do Rio de Janeiro em 2017 – chegou a disputar a Taça das Favelas e o Campeonato Carioca Amador. Fazia inicialmente a função de meia armador e assumiu o protagonismo da equipe Sub-20 quando passou a jogar mais recuado, como primeiro volante (já atuou até como zagueiro em algumas partidas).

Já Veron jogou por 469 em dez jogos na temporada. Ele está no clube desde o Sub-15 e ganhou títulos por todas as categorias da base em que jogou. Veloz, habilidoso e forte fisicamente, acumula prêmios individuais, tendo recebido os troféus de artilheiro e melhor jogador no Mundial de Clubes Sub-17 de 2018, vencido pelo Palmeiras, e a Bola de Ouro da Copa do Mundo Sub-17 de 2019, competição que conquistou com a Seleção Brasileira.

Logo em sua segunda partida pela equipe principal, a Cria da Academia balançou as redes duas vezes e concedeu uma assistência no duelo com o Goiás, pelo Campeonato Brasileiro do ano passado, tornando-se o segundo mais jovem atleta a marcar gol pelo Verdão, com 17 anos, três meses e dois dias, desbancando Mazzola, cujo gol de estreia em 1956 foi com 17 anos, seis meses e cinco dias – apenas Juliano, com 16 anos, 11 meses e 23 dias em 1998, está à frente no ranking.


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