Em Coletiva, o técnico Abel Ferreira analisa o empate e responde perguntas da imprensa



Em Coletiva, o técnico Abel Ferreira analisa o empate e responde perguntas da imprensa (Imagem: TV Palmeiras)

27/04/2023 - 11h30
Durante a coletiva de imprensa pós-jogo; Tombense 1-1 Palmeiras, na noite desta quarta 26/4, o técnico português Abel Ferreira analisa o empate, e responde perguntas da imprensa.

Sobre a torcida: – Acabei a palestra antes de vir para o jogo que nossos jogadores conquistaram respeito e carinho da nossa torcida, e que a nossa obrigação é entregar o máximo esforço, rendimento e o máximo de cada um de nós. Obrigado, por onde andamos temos sentido esse carinho e é um motivo para seguirmos nosso caminho e trabalho. Quanto mais unidos estivermos, mais temidos vamos ser.

Análise do empate: – O futebol é isso, às vezes eu fico a pensar o que é jogar bem? O que é jogar um bom futebol? Quero que os entendidos falem o que é isso, pois hoje, na minha opinião, nós fizemos tudo menos o mais importante, que é fazer o gol. Fizemos um fora de jogo, tive a oportunidade de olhar a imagem e me custa muito me ver uma câmera que estava na diagonal, vocês interpretem da forma como quiserem, tinha que ser na paralela. 
Os jogadores que entraram jogaram muito bem, conseguimos mais uma vez rodar o elenco e vimos nossas ideias em jogo. Era jogo para ficar quatro, cinco a um pois nosso adversário merecia fazer um gol. Precisamos ser mais efetivos, mas futebol é isso. Pode ter um erro tático e precisamos lidar com isso, o importante é chegar ao final dos dois jogos e se classificar. Até agora está tudo a correr dentro do previsto no nosso mês.

Sobre problemas defensivos: – Vocês vão até onde lhes interessa. Vamos dividir as coisas por partes. Quem foi melhor ataque do Paulistão? E a melhor defesa? Fechado, essa competição está fechada. Fomos jogar a Libertadores, você é um cara inteligente e sabe que priorizarmos um jogo. Só não vê quem não quer, não vou ensinar ninguém. Sim, vamos continuar a sofrer gols e os jogadores sabem o que precisam fazer. Sou pago para fazer isso, hoje sofremos um gol e o que mais me preocupou foi termos seis ou sete oportunidades e temos que fazer pelo menos metade. A cada duas temos que fazer uma, criamos muito e aproveitar para desenvolver os jogadores.

– O Giovani que tem oscilado muito, prepará-lo nos treinos para chegar aqui e dar essa resposta. O Ríos se adaptar ao clube, trocar a zaga, laterais e a equipe manter o mesmo padrão. Sabemos como sofremos os gols, mas as pessoas se esquecem que o Vasco teve uma semana inteira de trabalho e nós estamos jogando de dois em dois dias, o que nos obriga a fazer uma gestão de elenco. Qual time mais muda os 11 iniciais, qual clube que mais briga por títulos? Peço para a torcida que siga nos apoiando quando sofremos gols porque isso incomoda muita gente.

– Somos uma equipe que teve sete saídas e doze entradas de uma equipe em formação. Disse que são as dores do crescimento, o importante é passarmos por isso juntos. O Paulistão já foi, o Brasileirão é uma competição que vence quem é mais regular, aqui no Brasil as coisas são muito aceleradas e tudo é mágico, você é herói ou vilão. É manter o nosso equilíbrio, temos processos a desenvolver e vendo o que temos que melhorar. O importante no final é ter uma boa defesa que ganha campeonato e ataque que ganha jogos, isso que vamos seguir fazendo.

Próximo jogo de clássico derby: – Há jogadores que jogaram hoje e jogarão sábado, outros que não jogaram e vão jogar... a temporada é longa, temos tido muitas lesões e no final do jogo fiquei um pouco triste por um jogador que pode ter se lesionado, temos que avaliar. 
Isso é o que me preocupa, não preocupa vocês, gramados, viagens, chegar em casa às três da manhã. Vão se passar três dias e teremos que viajar para o Equador, não sei até lá como nossa equipe vai reagir. Isso é um padrão aqui, há 50 anos que é assim e vamos continuar assim. Poderia sempre ter minha equipe bem para apresentar um espetáculo para quem quer nos ver, qualidade no nosso jogo. 

– Na Fórmula 1, se chover muito não há corrida, no Moto GP se chover muito não há corrida. No tênis, se começar a chover muito param o jogo... por que? As condições do terreno são fundamentais para o espetáculo. Enquanto for treinador aqui vou fazer essa crítica construtiva, temos que continuar a ter as equipes em condições para dar espetáculo. 
Não estou dizendo que o futebol brasileiro não é competitivo ou não tem qualidade, mas poderia melhorar muito se todos os dirigentes não ficarem sentados no seu espaço. Se continuarmos deixar passar, não vejo as coisas assim e não é de hoje. – prosseguiu Abel Ferreira, que continuou: – Eu no Braga, Sporting e PAOK fazia o mesmo. Vejo potencial imenso no futebol brasileiro, mas todos precisam estar alinhados. Isso vai acontecer, não sei se daqui um ano ou 50, mas vai melhorar.

  • Próximo Jogo: Palmeiras x Corinthians │ Brasileirão Série A 2023 3ª Rodada │ 29/04 Sábado 18h30 (de Brasília), Allianz Parque (Transmissão: Premiere)

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