Palmeiras: torcida organizada protesta contra Leila Pereira e sua diretoria




23 Outubro 2023 - 22h35
Palmeiras: torcida organizada protesta contra diretoria e Leila Pereira

Com caixas de pizzas e faixas, torcedores do Palmeiras protestaram na porta da sede social do clube nesta segunda-feira, antes da reunião do Conselho Deliberativo.

Com mensagens contra a gestão de Leila Pereira, as cobranças foram direcionadas inicialmente aos membros do Conselho Deliberativo. Para as manifestações, os torcedores compareceram em peso com faixas com dizeres: "Seu voto vale uma pizza?", "Ditadura na SEP?", "Con$elho vendido", "Palmeiras sem dono" e "Conselheiros a S.E.P começou em 2015?".

Torcida questiona conselheiros do Palmeiras: "Seu voto vale uma pizza?" — Foto: geglobo

Torcida levou pizzas para protesto em frente ao portão do Palmeiras — Foto: geglobo

A região contou com presença da PM, desde o fim da tarde desta segunda-feira. A manifestação foi convocada pela Mancha Alviverde, principal torcida uniformizada, antes aliada de Leila e rompida com a dirigente desde o ano passado. Neste ano, a relação piorou ainda mais.

Após a eliminação para o Boca Juniors, na semifinal da Libertadores, os protestos já ocorrem antes, durante e depois dos jogos em que o Palmeiras é mandante.

Na derrota para o Atlético, na quinta-feira, além de cantos contra a gestão, subiram no Gol Norte um bandeirão com a camisa do Palmeiras e os patrocínios tampados – as marcas Crefisa e FAM são também de Leila Pereira.

O Palmeiras volta a jogar na quarta-feira, quando recebe o São Paulo, no Allianz Parque, e os protestos devem se repetir.

Alvo de protestos, Leila é questionada pela oposição no Palmeiras.

Entrevista coletiva: Ao falar sobre a coletiva do dia 11/10, concedida na Academia de Futebol, Leila diz que já reviu a conversa com os jornalistas e que não identificou algo que pudesse ter desrespeitado o clube.

Segundo a dirigente, a declaração sobre possível rebaixamento do Palmeiras em caso de saída da atual presidente foi deturpada. Durante reunião desta segunda-feira 23/10, ela argumentou que a fala fazia referência a mudança de "linha de trabalho". 

Anderson Barros: Como ocorreu na coletiva, Leila reafirmou que Barros continuará no comando do departamento de futebol do Palmeiras, em 2024.

Durante seu pronunciamento, a presidente destacou os títulos conquistados pelo diretor desde a chegada dele ao clube, em 2020, e voltou a dizer que ninguém será demitido.

Conflito de interesses: Ao responder sobre questionamentos de conflito de interesses por ser presidente da Crefisa, Leila citou o código de ética da CBF alegando que não há nenhum impeditivo sobre comandar o clube nessas condições.

Placar Linhas Aéreas: Com relação questionada pela oposição, por uso do clube para divulgação da empresa sem uma contrapartida, Leila falou que comprou a aeronave para uso do elenco profissional, e que isto teria feito o clube economizar R$ 3 milhões.

A dívida do Palmeiras com a Crefisa também foi tema de debate. A dirigente afirmou que o clube deve honrar seus compromissos, e declarou que a atual administração segue o que foi acordado na gestão anterior, de Maurício Galiotte.

Ao falar sobre contratos de patrocínio, ela afirmou que todos são debatidos no COF (Conselho de Orientação e Fiscalização), órgão que deve ser cobrado pelos conselheiros para qualquer dúvida a respeito do assunto.

Críticas: As manifestações dos opositores foram minimizadas pela presidente, nesta segunda-feira. Em seu discurso, pediu que a atual gestão não fosse destruída e que era necessário dar continuidade ao trabalho vitorioso construído nos últimos anos.

A presidente disse também crer que a maioria está ao lado dela, reafirmou ter coragem para presidir o Palmeiras, e que não irá desistir, que "meia dúzia" não vão tirar a administração do caminho.

Ingressos: O preço dos ingressos foi tema de debate na reunião. Em seu pronunciamento, Leila defendeu a política de descontos aplicada para quem é Avanti. De acordo com números apresentados, apenas 10% dos torcedores que vão ao Allianz Parque pagam o valor integral dos ingressos.

A atual política de precificação não sofrerá mudanças, tanto que a dirigente disse aos presentes que "quem não tem R$ 50 para ver o Palmeiras no Allianz não venha, infelizmente."

O clube argumenta que precisa de receita para manter o time de futebol forte. A presidente ressaltou a importância de renovar e dar aumento salarial aos atletas, como foi feito nesta temporada.

Arena Barueri: O fato de uma empresa do grupo presidido por Leila agora gerir a Arena Barueri também gerou debate. A presidente disse que nunca vai tirar jogos do Palmeiras do Allianz Parque, mas que o estádio em Barueri será prioridade do clube quando o alviverde não puder atuar em casa.

De acordo com a dirigente, possíveis jogos do Palmeiras na Arena Barueri serão sem custos, sem necessidade de pagar aluguel.
  • Próximo Jogo: Palmeiras x São Paulo │ Brasileirão - 29ª Rodada │ Data: 25/10 - Hora: 20h00 (de Brasília) Allianz Parque [Transmissão: Premiere]

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