Lucas Evangelista é o novo reforço do Palmeiras │Abel Ferreira participou de coletiva antes da final do Paulista 2025
15 Março 2025 - 08h30
O meio-campista Lucas Evangelista, de 29 anos, foi oficialmente anunciado como jogador do Palmeiras. Após se destacar no Red Bull Bragantino, ele chega ao Verdão para reforçar o setor e disputar espaço com Richard Ríos e Allan.
Lucas Evangelista é o sétimo reforço na temporada 2025 (Foto: Palmeiras/Canon)
"Quando começou, eu deixei bem claro que, se tivesse uma possibilidade de vir para cá [para o Palmeiras], gostaria que a gente amadurecesse a ideia. Graças a Deus, o pessoal me entendeu, respeitou minha opinião, e aí começou a criar forma", contou ao site oficial do clube.
Evangelista admitiu que sequer cogitava a possibilidade de vestir a camisa alviverde, o que tornou a proposta ainda mais marcante. *"Quando aconteceu, eu chorei de alegria, minha namorada também", revelou o meia.
Demonstrando confiança no próprio talento, o novo reforço do time alviverde destacou sua dedicação ao trabalho e a expectativa de se entrosar rapidamente com os companheiros. "Com toda a humildade do mundo, confio muito no meu potencial, no meu trabalho. A gente tem que estar sempre trabalhando", afirmou.
Na temporada, o meia disputou 12 partidas pelo Bragantino e balançou as redes três vezes, todas pelo Campeonato Paulista. Canhoto, ele será mais uma alternativa para Abel Ferreira no meio-campo, aumentando as opções para a sequência do ano.
A negociação entre Palmeiras e Red Bull Bragantino foi concluída no início de março, mas ajustes clínicos identificados nos exames médicos adiaram a definição do acordo. Após novos testes, que não apontaram problemas, a diretoria palmeirense oficializou a contratação nesta sexta-feira. O jogador assinou até o fim de 2026, com possibilidade de prorrogação por mais um ano caso atinja metas estipuladas. O custo da transação foi de quatro milhões de euros (R$ 24 milhões na cotação atual).
Como parte do acordo, o Palmeiras também negociou Fabinho com o Bragantino por 2,5 milhões de euros (R$ 15 milhões), cedendo 50% dos direitos econômicos do volante.
Formado nas categorias de base do Desportivo Brasil, Evangelista estreou profissionalmente pelo São Paulo em 2013 e construiu uma trajetória internacional, atuando por clubes como Udinese (Itália), Nantes (França), Panathinaikos (Grécia), Vitória de Guimarães e Estoril (Portugal). Em 2020, retornou ao Brasil para defender o Red Bull Bragantino, onde se consolidou como peça importante do time.
Agora, em 2025, ele se junta ao elenco alviverde como o sétimo reforço da temporada, ao lado dos zagueiros Bruno Fuchs e Micael, do meio-campista Emiliano Martínez e dos atacantes Paulinho, Facundo Torres e Vitor Roque.
Evangelista se tornou o sétimo reforço do Palmeiras para a temporada de 2025. Entre as contratações realizadas, apenas uma não exigiu investimento do clube: o zagueiro Bruno Fuchs.
Até o momento, o clube alviverde desembolsou aproximadamente R$ 440 milhões em reforços. Confira os valores das aquisições:
- Facundo Torres: R$ 72 milhões
- Paulinho: R$ 115 milhões
- Emiliano Martínez: R$ 44 milhões
- Bruno Fuchs: sem custo
- Micael: R$ 28,5 milhões
- Vitor Roque: R$ 155 milhões
- Lucas Evangelista: R$ 25,4 milhões
💰 Total investido: R$ 439,9 milhões.
Abel Ferreira participou de entrevista coletiva na sexta-feira, 14, prévia à final do Paulista 2025
Romero e Ramón Díaz (Corinthians), Abel Ferreira e Weverton (Palmeiras) • Rodrigo Corsi/Ag.Paulistão
Durante o jogo, o treinador protagonizou um gesto em protesto contra uma decisão do árbitro Anderson Daronco. No entanto, o VAR captou a infração, e, após revisar imagens, o juiz aplicou o cartão vermelho ao treinador alviverde. Como consequência, o técnico também recebeu uma suspensão de duas partidas imposta pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).
Na última sexta, Abel quebrou o silêncio e comentou sobre a crescente rivalidade entre Palmeiras e São Paulo. O treinador aproveitou a ocasião para pedir que a imprensa evite inflamar ainda mais o ambiente no futebol, ressaltando que ele próprio está se esforçando para manter uma postura mais equilibrada à beira do campo.
"Não queria falar do São Paulo. É um grande rival, aconteceram coisas desagradáveis, comigo também, mas ficou sanado. Para mim, a rivalidade (com o Corinthians) é a mesma. É um dérbi e uma final. Já ganhei e perdi e sempre fomos respeitados na casa dos nossos adversários, assim como na nossa casa. Vejo as coisas de forma diferente", iniciou.
"Não sou brasileiro, conheço muito bem a realidade do futebol daqui e cabe a repetir o que eu digo. Essa pergunta é espetacular, mas tem uma intenção que, mal respondida por mim, pode dar asa à violência. Sempre fui capaz de pedir desculpas, os 90 minutos eu me altero, vocês viram o (técnico do Lyon) Paulo Fonseca (que foi expulso após dar encarada em árbitro) na França, o (Jürgen) Klopp dsise que teve comportamentos daquele, mas que aprendeu no caminho. Eu tenho que mudar, nós temos que mudar e vocês [jornalistas] têm que mudar", seguiu.
"Eu entendo que as perguntas mais quentes dão cliques. Mas, do mesmo modo que o (árbitro Raphael) Claus disse, vocês têm essa responsabilidade. Vocês passam a imagem. O momento de maior vergonha na minha vida passou no Palmeiras. Fiz um gesto para dizer que o árbitro não tinha coragem. E um de vocês foi até o gesto para voltar a imagem e me fazer ser expulso", lembrou.
"Chorei em casa na frente da minha esposa e das minhas filhas. Sangrei por dentro, foi o momento de maior vergonha na vida. Nenhum momento me revejo nela. Mas, não fiz para ofender quem quer que seja", revelou.
"Todos nós temos que melhorar, mas vocês têm que melhorar muito. Se queremos mudar a mentalidade, e não é do dia para o outro, são décadas, e acredito que jornalistas como tu, que são mais novos, que venham para questionar aos mais velhos se é este tipo de jornalismo que queremos para o futuro. É isso que faço como treinador, ganhar dos mais velhos, é o que espero de vocês", argumentou.
"Meu respeito com o São Paulo e com o Corinthians é o máximo. Vamos competir até o último segundo para ficar com o título", finalizou.
O técnico português destacou a grandiosidade do Dérbi, mas fez questão de ressaltar a importância de respeitar os limites da rivalidade:
“Dérbi há de ser um Dérbi em qualquer parte do mundo. Logicamente que falamos de dois clubes gigantes, com torcidas imensas. Quando surge esse tipo de jogo, não só vocês [imprensa] que empolgam e emocionam os nossos torcedores. Nós sabemos da dimensão e da grandeza de um Dérbi como Palmeiras e Corinthians”, iniciou o treinador.
O comandante citou o filme “Romeu e Julieta” para reforçar a importância de um ambiente harmonioso e respeitoso durante a disputa pelo título:
“Reforço que às vezes passa do ponto, que as equipes se respeitem dentro de campo, que as torcidas se respeitem, independente da rivalidade que existe. Um dos primeiros filmes que cheguei ao Brasil foi ‘Romeu e Julieta’, onde existe e prevalece o amor independente se sou palmeirense ou corinthiano. Há um respeito, é assim que vejo”, disse Abel Ferreira.
Abel fez discurso contra o racismo e a violência no futebol, e citou o papel da imprensa:
“Estou no Brasil há cinco anos, não sou brasileiro de sangue, mas algo que urge de erradicar no futebol: primeiro o racismo, segundo a violência. Isso é algo que nós todos precisamos fazer. Passa pelos treinadores, pelos jogadores e dirigentes, mas a maior responsabilidade é da imprensa. Escolher o que pode passar e mostrar para influenciar os outros, mas Dérbi será sempre Dérbi”, finalizou o comandante.
Na coletiva, Abel Ferreira estava ao lado do técnico Ramón Díaz, Weverton, Ángel Romero, além dos árbitros Raphael Claus e Matheus Candançan, responsáveis pela arbitragem da final.
Na última sexta, Abel quebrou o silêncio e comentou sobre a crescente rivalidade entre Palmeiras e São Paulo. O treinador aproveitou a ocasião para pedir que a imprensa evite inflamar ainda mais o ambiente no futebol, ressaltando que ele próprio está se esforçando para manter uma postura mais equilibrada à beira do campo.
"Não queria falar do São Paulo. É um grande rival, aconteceram coisas desagradáveis, comigo também, mas ficou sanado. Para mim, a rivalidade (com o Corinthians) é a mesma. É um dérbi e uma final. Já ganhei e perdi e sempre fomos respeitados na casa dos nossos adversários, assim como na nossa casa. Vejo as coisas de forma diferente", iniciou.
"Não sou brasileiro, conheço muito bem a realidade do futebol daqui e cabe a repetir o que eu digo. Essa pergunta é espetacular, mas tem uma intenção que, mal respondida por mim, pode dar asa à violência. Sempre fui capaz de pedir desculpas, os 90 minutos eu me altero, vocês viram o (técnico do Lyon) Paulo Fonseca (que foi expulso após dar encarada em árbitro) na França, o (Jürgen) Klopp dsise que teve comportamentos daquele, mas que aprendeu no caminho. Eu tenho que mudar, nós temos que mudar e vocês [jornalistas] têm que mudar", seguiu.
"Eu entendo que as perguntas mais quentes dão cliques. Mas, do mesmo modo que o (árbitro Raphael) Claus disse, vocês têm essa responsabilidade. Vocês passam a imagem. O momento de maior vergonha na minha vida passou no Palmeiras. Fiz um gesto para dizer que o árbitro não tinha coragem. E um de vocês foi até o gesto para voltar a imagem e me fazer ser expulso", lembrou.
"Chorei em casa na frente da minha esposa e das minhas filhas. Sangrei por dentro, foi o momento de maior vergonha na vida. Nenhum momento me revejo nela. Mas, não fiz para ofender quem quer que seja", revelou.
"Todos nós temos que melhorar, mas vocês têm que melhorar muito. Se queremos mudar a mentalidade, e não é do dia para o outro, são décadas, e acredito que jornalistas como tu, que são mais novos, que venham para questionar aos mais velhos se é este tipo de jornalismo que queremos para o futuro. É isso que faço como treinador, ganhar dos mais velhos, é o que espero de vocês", argumentou.
"Meu respeito com o São Paulo e com o Corinthians é o máximo. Vamos competir até o último segundo para ficar com o título", finalizou.
O técnico português destacou a grandiosidade do Dérbi, mas fez questão de ressaltar a importância de respeitar os limites da rivalidade:
“Dérbi há de ser um Dérbi em qualquer parte do mundo. Logicamente que falamos de dois clubes gigantes, com torcidas imensas. Quando surge esse tipo de jogo, não só vocês [imprensa] que empolgam e emocionam os nossos torcedores. Nós sabemos da dimensão e da grandeza de um Dérbi como Palmeiras e Corinthians”, iniciou o treinador.
O comandante citou o filme “Romeu e Julieta” para reforçar a importância de um ambiente harmonioso e respeitoso durante a disputa pelo título:
“Reforço que às vezes passa do ponto, que as equipes se respeitem dentro de campo, que as torcidas se respeitem, independente da rivalidade que existe. Um dos primeiros filmes que cheguei ao Brasil foi ‘Romeu e Julieta’, onde existe e prevalece o amor independente se sou palmeirense ou corinthiano. Há um respeito, é assim que vejo”, disse Abel Ferreira.
Abel fez discurso contra o racismo e a violência no futebol, e citou o papel da imprensa:
“Estou no Brasil há cinco anos, não sou brasileiro de sangue, mas algo que urge de erradicar no futebol: primeiro o racismo, segundo a violência. Isso é algo que nós todos precisamos fazer. Passa pelos treinadores, pelos jogadores e dirigentes, mas a maior responsabilidade é da imprensa. Escolher o que pode passar e mostrar para influenciar os outros, mas Dérbi será sempre Dérbi”, finalizou o comandante.
Na coletiva, Abel Ferreira estava ao lado do técnico Ramón Díaz, Weverton, Ángel Romero, além dos árbitros Raphael Claus e Matheus Candançan, responsáveis pela arbitragem da final.
- Próximo jogo: Palmeiras x Corinthians │ Paulista Final 1/2 │Data: 16/3, Hora: 18h30, Allianz Parque (Transmissão: Record, Cazé TV, Max, Nosso Futebol, Uol Play, Zapping, R7 e Play Plus)