Dudu sobre redução salarial: 'Como demitir quem ganha R$ 2 mil?!'
- Como vai mandar embora um funcionário que ganha R$ 1.500, R$ 2.000, R$ 3.000?! Se manda embora um roupeiro que ganha R$ 2.000 embora, onde ele vai arrumar um trabalho durante essa crise neste ano? Um roupeiro que tem família, dois, três filhos para criar... - comentou o atacante à TV Bandeirantes
- Tem funcionário de mais de 25, 15 anos de clube. Pessoas importantes, que não aparecem, mas que amam o clube desde antes de trabalhar lá e gostam do dia a dia. Converso com todos, praticamente, e falam que estão com muita saudade. Se um cara desse é mandado embora, é perigoso se matar. O cara se mata, porque não tem o que fazer. Sentimos isso - completou.
Luxemburgo e o elenco foram atualizados frequentemente do estudo realizado no mês passado, para detectar o impacto financeiro da pandemia. Com a garantia de que ninguém seria demitido neste momento, houve acordo com os jogadores, envolvendo também o técnico, Anderson Barros e o gerente Cícero Souza, para redução de 25% dos salários de maio e junho registrados em carteira, com direitos de imagem de abril e maio parcelados até junho de 2021.
Ainda prometendo manter os funcionários de todos os departamentos, o clube decidiu suspender os contratos de parte de seus profissionais, assegurando, porém, a manutenção do valor líquido de seus salários, recebendo ajuda do governo federal, além de cestas básicas e acesso ao plano de saúde. Não houve alteração nos pagamentos a atletas do time feminino e de esportes amadores.
- Vemos outros clubes mandando funcionários embora, funcionários que ganham R$ 3.000 no máximo. Mas a diretoria nos chamou e perguntou se aceitávamos diminuir o salário. Falamos que aceitaríamos, só que não era para mandar nenhum funcionário embora. Ficamos muito felizes por estarem cumprindo a promessa que fizeram para nós - elogiou Dudu.
Como o elenco do Palmeiras, Dudu está liberado dos treinos na Academia de Futebol desde 16 de março, quando confirmou-se a interrupção de todas as competições que o clube disputa. Os jogadores cumpriram férias coletivas em abril e, desde a semana passada, realizam trabalhos físicos assistidos à distância e em tempo real pela comissão técnica. Não há data estipulada para volta dos torneios nem dos treinamentos presenciais.
- É um momento em que todos devem se cuidar, em casa, para passar isso logo e voltar não só o nosso dia a dia, mas o de todos os trabalhadores do Brasil. Esperamos que acabe para voltar a vida ao normal - concluiu Dudu.
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