22 anos da conquista que abriu caminho para o Verdão conquistar a Libertadores

30 de Maio de 2020 - 08:30 - São Paulo 
Neste domingo, às 16:00 horas, Globo reprisará a final da Libertadores conquistada pelo Palmeiras, em 1999. Título que só foi possível pelo que ocorreu 382 dias antes daquele histórico 16 de junho de 1999. Há exatamente 22 anos, em 30 de maio de 1998, o Verdão foi campeão da Copa do Brasil pela 1ª vez em sua história, assegurando sua vaga na edição da Libertadores 1999 que ganhou. Aquele 2 a 0 sobre o Cruzeiro, no Morumbi, ficou marcado por um gol de Oséas, chutando da linha de fundo, para definir o placar.Foi o suficiente para evitar a disputa de pênaltis, já que o time mineiro hava vencido a partida de ida por 1 a 0. E tornou-se o primeiro dos seis troféus que o técnico Luiz Felipe Scolari levantou no clube, pavimentando de vez um fim de década inesquecível.
Felipão tinha sido contratado um ano antes, com a missão de concluir o projeto mais ambicioso da parceria com a Parmalat: ganhar a Libertadores. Em seu primeiro torneio, o técnico chegou à final do Brasileiro 1997, perdendo para o Vasco e, também, ficando fora da competição continental em 1998.

A temporada de 22 anos atrás começou com contratações marcantes como o lateral-direito Arce e o atacante Paulo Nunes, campeões da Libertadores pelo Grêmio com Scolari, em 1995. E Copa do Brasil acabou virando alta-tensão, já que a equipe tinha sido eliminada nas semifinais tanto do Torneio Rio-SP, quanto do Paulista (com 2 derrotas no Estadual).

Restou a Copa do Brasil, que desde o início, era prioridade, por dar vaga na Libertadores. Se perdesse o torneio, a presença no torneio continental só seria possível com o título brasileiro, já que o país tinha somente duas vagas na competição da Conmebol. E o caminho até a decisão da Copa do Brasil foi tranquilo apenas na primeira fase, com duas vitórias (1 a 0 e 3 a 0) sobre o CSA.
Depois disso, houve empate fora de casa co Ceará, 1 - 1, superado com 6 - 0 em casa; derrota para o Botafogo na ida das oitavas de final, por 2 a 1, revertida com 1 a 0 no Palestra Itália, com a vaga vindo pelo gol fora de casa; nas quartas, 2 a 0 sobre o Sport, em Pernambuco, e 1 a 1 em São Paulo; nas semifinais, 1 a 1 com Santos, no Palestra Itália, e 2 a 2 na Vila Belmiro, mais uma vez avançando por ter balançado as redes mais vezes como visitante.

Na final, estava do outro lado o Cruzeiro, que, dois anos antes, tirou o primeiro título de Copa do Brasil do Palmeiras ao derrotar na final, por 2 a 1, no Palestra Itália. O time mineiro tinha como titular o atacante Marcelo Ramos, autor do gol da conquista celeste em 1996, mas ficou sem outro medalhão: o goleiro Dida, desfalque por ter sido convocado para a Copa do Mundo.

Depois de levar 1 a 0 no Mineirão, gol de Fabio Junior, o Palmeiras dominou amplamente o Cruzeiro no Morumbi, com brilho de Oséas. E saiu da área para cruzar para Paulo Nunes abrir o placar e, aos 44 minutos do segundo tempo, Paulo Cesar, substituto de Dida, deu rebote em falta cobrada por Zinho, e o camisa 9 chutou, sem ângulo, para garantir a taça.

Mesmo com pouco ângulo, Oséas chutou forte, garantindo o gol do titulo.


Sufoco, correria, atritos e alegria marcaram aquela histórica final

Depois de colocar fim ao jejum de títulos em 1993, Palmeiras quase sempre ganhava ao menos uma taça por ano. A torcida até brincava com a frase “Ano sim, Ano não, o Verdão é campeão”. E era mesmo. Após ganhar cinco titulos em 1993 e 1994, o Verdão ganhou o Campeonato Paulista 1996, e bateu na trave na final da Copa do Brasil 1996, ao perder a decisão para o Cruzeiro.

Em 1997, novamente um quase título no Campeonato Brasileiro, que ficou com o Vasco de Edmundo. Em 1998, a vingança contra o azulão mineiro, e o Palmeiras (já comandado pelo técnico multicampeão no Grêmio, Felipão Scolari) queria fazer da temporada o “ano sim” e voltar a levantar uma taça. 
Aliviado, Felipão comemorou o título agradecendo o jornalista corintiano Osmar de Oliveira, o técnico de vôlei José Roberto Guimarães e a psicóloga Regina Brandão, que ajudaram com palestras nos momentos anteriores à decisão. Com a conquista, chegaram reforços, como o zagueiro Junior Baiano, além das voltas do volante César Sampaio e do atacante Evair. Estava traçada a jornada para o Palmeiras ser campeão da Libertadores em 1999.

Confira a ficha técnica da partida realizada em 30 de maio de 1998:
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 2 - 0 CRUZEIRO

Local: Morumbi, São Paulo (SP)
Data: 30.5.1998
Árbitro: Sidrack Marinho dos Santos (SE)
Público/Renda: 45.237 pagantes/R$ 453.674,00
Cartões amarelos: Roque Júnior e Cléber (PAL); Gottardo (CRU)
Cartão vermelho: -
Gols: Paulo Nunes (12'/1ºT) (1-0); Oséas (44'/2ºT) (2-0)

PALMEIRAS: Velloso; Neném, Roque Júnior, Cléber e Júnior; Galeano, Rogério, Alex (Arílson) e Zinho; Paulo Nunes (Almir) e Oséas (Pedrinho). Técnico: Felipão Scolari.

CRUZEIRO: Paulo César; Gustavo, Marcelo Djian, Gottardo e Gilberto; Valdir Benedito, Ricardinho, Marcos Paulo e Elivélton (Geovanne); Bentinho (Caio) e Marcelo Ramos. Técnico: Levir Culpi.
➽ 2020: Os treinos não param no maior clube de Futebol Verdão do Planeta, e segue a expectativa pelo retorno dos jogos ao vivo, que a principio, devem contar com portões fechados ao público como forma de prevenção contra o corona virus.

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