Presidente fala sobre novo técnico, protestos das organizadas, e o caixa do clube
03.11.2020 - 19:15
Em entrevista ao Globo Esporte, o Galiotte explicou a decisão pela contratação de um técnico estrangeiro e disse confiar no sucesso do planejamento a longo prazo. Abel assinou contrato até o fim de 2022 e tem oportunidade de encerrar uma interminável sequência de trocas de técnicos [a última vez que um técnico começou e concluiu a mesma temporada no Verdão foi Gilson Kleina, ainda na gestão de Paulo Nobre em 2013].
'Todos nós, palmeirenses, temos que estar unidos neste momento. E Abel foi contratado para um trabalho de médio a longo prazo. É um projeto muito importante para o futuro do Palmeiras e o apoio da nossa torcida será, como sempre, fundamental. Os recursos têm de ser compatíveis com os objetivos e precisa haver um alinhamento de expectativas. As variáveis contemplam metas, recursos e prazos. A evolução também deverá ser considerada, não apenas os resultados esportivos' disse.
Após a saída de Luxemburgo, a diretoria se fechou na busca por um profissional estrangeiro. O espanhol Miguel Ángel Ramírez do Independiente del Valle, foi procurado, mas não houve acerto. Os argentinos Gabriel Heinze, Sebastian Beccacece e Ariel Holan, além do espanhol Quique Setién também foram avaliados pela atual diretoria.
– A negociação com o Ramírez faz parte do passado, o assunto está encerrado. O nosso técnico é o Abel Ferreira. Ele atende às expectativas do clube e tem grande potencial para fazer um ótimo trabalho... Ao contrário do que foi veiculado por muita gente, o Palmeiras não fez nenhuma proposta pelo Gabriel Heinze.
Abaixo, outros trechos da entrevista:
Como chegaram ao nome do Abel? O que do perfil chamou mais a atenção do clube?
– Redirecionamos a nossa estratégia para o futebol. O Palmeiras investiu muito na base nos últimos anos e continuará investindo. Iremos ao mercado para atender necessidades específicas ou aproveitar oportunidades. Assim, procuramos um técnico com experiência na formação e aproveitamento de atletas da base. Outro aspecto considerado foi a intensidade de jogo, que requer uma equipe participativa, com equilíbrio entre os setores e velocidade de transição.
– A escola europeia é referência nisso. Temos também como objetivo implementar um padrão de jogo, não apenas um modelo, mas uma cultura futebolística, o que exige metodologia e didática. O currículo do Abel Ferreira demonstra que ele reúne tais características e competências. As entrevistas com o Abel e as informações coletadas no mercado reforçaram as informações curriculares.
O Palmeiras mudou muito de treinador e de perfil de comando nos últimos anos. Por que o clube aposta que agora este será um projeto com sequência de trabalho?
– Até o fim do ano passado nós trabalhávamos com outro modelo, pautado por postura agressiva no mercado na contratação de atletas consagrados, e revelações. A expectativa por resultados imediatos nessas circunstâncias é naturalmente elevada. Fomos bem-sucedidos na medida em que sustentamos a condição de protagonistas e tivemos conquistas importantes. Contudo, esse modelo não é mais viável no cenário atual.
– Quero, porém, deixar claro que estamos mudando nossa estratégia com convicção e nos preparamos para tal. O processo teve início no fim do ano passado, e Luxemburgo com sua experiência, deu sua contribuição na reformulação do elenco e aproveitamento dos atletas da base. Avançamos também em outras frentes relacionadas à gestão, que não são tão evidentes externamente porém, relevantes.
O que o senhor pensa das recentes manifestações da torcida organizada? Qual avaliação, faz do planejamento, do trabalho do Barros e da diretoria de futebol?
– A torcida se acostumou nos últimos anos a ver o Palmeiras como protagonista, ou seja, potencial candidato a todos os títulos que disputa. Quando a performance esportiva coloca em risco tal expectativa, a reação é imediata e intensa. Os maus resultados são geralmente associados à incompetência ou falta de empenho dos gestores e/ou comissão técnica e/ou jogadores. Essa é a cultura reinante no futebol. Não adianta ficarmos reclamando disso. Trabalhamos para que os períodos ruins sejam pouco frequentes e curtos.
– Como gestores temos de ter visão de médio e longo prazos. Não podemos nos empolgar e nem nos deixar abater pelos acontecimentos no curto prazo. O Anderson Barros é o nosso diretor de futebol, principal executivo da área, e como tal tem um papel fundamental no processo de redirecionamento estratégico iniciado no final de 2019, exatamente quando ele foi contratado. O trabalho que tem sido desenvolvido não tem grande visibilidade externa como, por exemplo, as contratações de atletas, mas é tão relevante e, talvez, mais complexo. Também temos de considerar que a pandemia criou novos desafios e acabou afetando o ritmo das ações planejadas.
Na última entrevista, o senhor falou sobre a previsão de deixar de arrecadar cerca de R$ 200 milhões em 2020. Isso mudou de alguma forma? Já existe alguma previsão mais concreta sobre o impacto da crise nas finanças do clube?
'Todos nós, palmeirenses, temos que estar unidos neste momento. E Abel foi contratado para um trabalho de médio a longo prazo. É um projeto muito importante para o futuro do Palmeiras e o apoio da nossa torcida será, como sempre, fundamental. Os recursos têm de ser compatíveis com os objetivos e precisa haver um alinhamento de expectativas. As variáveis contemplam metas, recursos e prazos. A evolução também deverá ser considerada, não apenas os resultados esportivos' disse.
'Entendemos que, para este trabalho, o treinador precisará de tempo e segurança para que consiga executá-lo de forma satisfatória. É também uma maneira de demonstrar nossa convicção e compromisso com o projeto. Não vejo como problema para o próximo presidente, pelo contrário, a meta é entregar um time pronto, para permitir continuidade em vez de recomeço.' continuou.
Após a saída de Luxemburgo, a diretoria se fechou na busca por um profissional estrangeiro. O espanhol Miguel Ángel Ramírez do Independiente del Valle, foi procurado, mas não houve acerto. Os argentinos Gabriel Heinze, Sebastian Beccacece e Ariel Holan, além do espanhol Quique Setién também foram avaliados pela atual diretoria.
– A negociação com o Ramírez faz parte do passado, o assunto está encerrado. O nosso técnico é o Abel Ferreira. Ele atende às expectativas do clube e tem grande potencial para fazer um ótimo trabalho... Ao contrário do que foi veiculado por muita gente, o Palmeiras não fez nenhuma proposta pelo Gabriel Heinze.
Abaixo, outros trechos da entrevista:
Como chegaram ao nome do Abel? O que do perfil chamou mais a atenção do clube?
– Redirecionamos a nossa estratégia para o futebol. O Palmeiras investiu muito na base nos últimos anos e continuará investindo. Iremos ao mercado para atender necessidades específicas ou aproveitar oportunidades. Assim, procuramos um técnico com experiência na formação e aproveitamento de atletas da base. Outro aspecto considerado foi a intensidade de jogo, que requer uma equipe participativa, com equilíbrio entre os setores e velocidade de transição.
– A escola europeia é referência nisso. Temos também como objetivo implementar um padrão de jogo, não apenas um modelo, mas uma cultura futebolística, o que exige metodologia e didática. O currículo do Abel Ferreira demonstra que ele reúne tais características e competências. As entrevistas com o Abel e as informações coletadas no mercado reforçaram as informações curriculares.
O Palmeiras mudou muito de treinador e de perfil de comando nos últimos anos. Por que o clube aposta que agora este será um projeto com sequência de trabalho?
– Até o fim do ano passado nós trabalhávamos com outro modelo, pautado por postura agressiva no mercado na contratação de atletas consagrados, e revelações. A expectativa por resultados imediatos nessas circunstâncias é naturalmente elevada. Fomos bem-sucedidos na medida em que sustentamos a condição de protagonistas e tivemos conquistas importantes. Contudo, esse modelo não é mais viável no cenário atual.
– Quero, porém, deixar claro que estamos mudando nossa estratégia com convicção e nos preparamos para tal. O processo teve início no fim do ano passado, e Luxemburgo com sua experiência, deu sua contribuição na reformulação do elenco e aproveitamento dos atletas da base. Avançamos também em outras frentes relacionadas à gestão, que não são tão evidentes externamente porém, relevantes.
O que o senhor pensa das recentes manifestações da torcida organizada? Qual avaliação, faz do planejamento, do trabalho do Barros e da diretoria de futebol?
– A torcida se acostumou nos últimos anos a ver o Palmeiras como protagonista, ou seja, potencial candidato a todos os títulos que disputa. Quando a performance esportiva coloca em risco tal expectativa, a reação é imediata e intensa. Os maus resultados são geralmente associados à incompetência ou falta de empenho dos gestores e/ou comissão técnica e/ou jogadores. Essa é a cultura reinante no futebol. Não adianta ficarmos reclamando disso. Trabalhamos para que os períodos ruins sejam pouco frequentes e curtos.
– Como gestores temos de ter visão de médio e longo prazos. Não podemos nos empolgar e nem nos deixar abater pelos acontecimentos no curto prazo. O Anderson Barros é o nosso diretor de futebol, principal executivo da área, e como tal tem um papel fundamental no processo de redirecionamento estratégico iniciado no final de 2019, exatamente quando ele foi contratado. O trabalho que tem sido desenvolvido não tem grande visibilidade externa como, por exemplo, as contratações de atletas, mas é tão relevante e, talvez, mais complexo. Também temos de considerar que a pandemia criou novos desafios e acabou afetando o ritmo das ações planejadas.
Na última entrevista, o senhor falou sobre a previsão de deixar de arrecadar cerca de R$ 200 milhões em 2020. Isso mudou de alguma forma? Já existe alguma previsão mais concreta sobre o impacto da crise nas finanças do clube?
''A previsão segue a mesma. A pandemia impactou todas as fontes de receitas, exceto o patrocínio master (Crefisa e FAM). Tivemos perdas nas receitas com direitos de transmissão, bilheteria, programa sócio-torcedor Avanti, venda de produtos licenciados, premiações e outros. Não é possível compensar uma perda dessa magnitude somente com redução de despesas. Aliás, cabe ressaltar que optamos por preservar os empregos e os salários de nossos colaboradores, decisão indiscutivelmente acertada.
Renegociamos prazos de pagamentos, acordamos reduções salariais temporárias com os atletas e comissão técnica, aproveitamos os incentivos governamentais, renegociamos contratos com fornecedores e, assim, conseguimos honrar todos os nossos compromissos.
– Contudo, a situação ainda não se normalizou e os efeitos da pandemia adentrarão 2021. Na verdade não sabemos ainda quando retornaremos à normalidade. Será inevitável ter de negociar mais atletas para fechar as contas, contudo, não depreciaremos nossos ativos e não comprometeremos a qualidade de nosso elenco. A nossa meta é finalizar a gestão com caixa equilibrado.'' concluiu.
– Contudo, a situação ainda não se normalizou e os efeitos da pandemia adentrarão 2021. Na verdade não sabemos ainda quando retornaremos à normalidade. Será inevitável ter de negociar mais atletas para fechar as contas, contudo, não depreciaremos nossos ativos e não comprometeremos a qualidade de nosso elenco. A nossa meta é finalizar a gestão com caixa equilibrado.'' concluiu.
- Próximo Jogo: O Palmeiras volta a campo contra o Red Bull Bragantino, pelas Oitavas (2/2) da Copa do Brasil 2020 na quinta-feira 5 de novembro, no Allianz Parque.
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